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Saldo da balança comercial do Ceará 2016

   Estudo do Ipece mostra que importações subiraram mais que exportações. São Gonçalo do Amarante foi o destaque nas exportações e importações. Saldo da balança comercial fica negativo em US$ 2,19 bi em 2016. 

   postado em 20/02/2017

 

 

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CSP é responsável pelo aumento nas exportações de produtos metalúrgicos no Ceará (Foto: Divulgação)


As exportações cearenses apresentaram crescimento de 23,7% em 2016 na comparação com o ano de 2015, enquanto as importações aumentaram 29,8% na comparação com o ano anterior. Com isso, o saldo da balança comercial cearense ficou ainda mais negativo em US$ 2,19 bilhões e a corrente de comércio, dada pela soma das exportações e importações, ultrapassou US$ 4,78 bilhões, ambos em 2016.

   O estudo da balança comercial do Ceará foi divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
O principal produto exportado pelo estado continuou sendo calçados e suas partes, mas, de acordo com o estudo, os produtos metalúrgicos tiveram crescimento expressivo na composição da pauta passando de 1,8%, em 2015, para 15,2% no ano de 2016. Esse crescimento é atribuído ao início das operações comerciais da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), em São Gonçalo do Amarante;


   Além disso, as vendas de produtos metalúrgicos foram as que registraram a maior variação absoluta em valor exportado na comparação dos anos de 2015 e 2016, o que contribuiu para aumento das exportações na comparação entre esses anos.
Do lado das importações houve crescimento significativo nas aquisições de reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes que respondeu por quase metade das importações cearenses no último ano. Houve ainda forte queda nas importações de gás natural liquefeito de quase US$ 500 milhões entre os anos de 2015 e 2016, mostra o estudo.
O município de São Gonçalo do Amarante se destacou tanto na ótica das exportações quanto das importações estaduais em função do início das operações comerciais da CSP e dado o volume de importações da Petrobras. De acordo com o Ipece, é possível concluir que está ocorrendo uma mudança considerável na pauta de exportações e importações cearenses como resultado da instalação anos atrás de empresas de base no Complexo Industrial e Portuário do Pecém a exemplo da Companhia Siderúrgica do Pecém.

   Exportações por Fator Agregado


   As vendas de produtos industrializados cearense somaram o valor de US$ 999,2 milhões em 2016, após ter registrado um crescimento de 34,2% em relação a 2015. Já os produtos básicos registraram o valor de US$ 280,3 milhões, apontando uma queda de 0,74% na comparação com 2015.
Esses resultados fizeram com que a participação das exportações de produtos industrializados na pauta de exportações cearenses crescesse entre os anos de 2015 e 2016, passando de 71,2% para 77,2%. Enquanto isso, a participação dos produtos básicos caiu de 27,0% em 2015, para apenas 21,7%, em 2016.


   Importações por Fator Agregado


   As importações de produtos industrializados cearense somaram o valor de US$ 2,96 bilhões em 2016, com um crescimento de 30,3% em relação a 2015. Já os produtos básicos passaram a registrar o valor de US$ 521,6 milhões, com alta de 26,7% na comparação com 2015.
Esses resultados fizeram com que a participação das importações de produtos industrializados na pauta de importações cearenses ampliasse ainda mais entre os anos de 2015 e 2016, passando de 84,7% para 85,1%. Enquanto isso, a participação dos produtos básicos caiu de 15,3% em 2015, para 14,9%, em 2016.
Destinos
Em 2016, o estado do Ceará exportou para um total de 152 países, número superior ao registrado um ano antes quando foram realizadas operações de vendas para um total de 147 países. Os Estados Unidos despontaram novamente como principal destino da pauta de exportações cearenses no ano de 2016, tendo registrado participação de 23,3%. Outros importantes destinos das vendas estaduais foram a Argentina (9,2%); Alemanha (7,1%); Holanda (5,3%); e Hungria (4,4%). A exportação conjunta para esses cinco países foi de 49,3% do valor total das vendas externas cearenses.

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