Estudo sobre roubos de carga no país preocupa o setor logístico.

   postado em 11/04/2017

   Cada vez mais a cadeia logística sofre com prejuízos sociais econômicos, devido ao cenário da segurança rodoviária no Brasil. No ano passado, o roubo a caminhões carregados bateu recorde em número de ocorrências e elevou o país ao patamar de ser um dos mais perigosos, no Mundo, para o transporte rodoviário de cargas, É o que conclui estudo realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, a FIRJAN, divulgado no mês passado.

   Os dados apontam que no período de 2011 a 2016, o número de ocorrências ao ano passou de 12.124 para 22.547, um salto de quase 86% em 6 anos. Somente de 2015 para o ano passado, o número de roubos aumentou em mais de 4 mil, gerando cerca de R$ 1,5 bilhão de prejuízos. Esta situação fez do Brasil, atualmente, o 8º país mais perigoso para o transporte rodoviário de cargas, sendo que os sete primeiros são países que passam por situações de geurra ou conflitos civis, como a Síria e o paquistão.

   Além de melhor organização e maior volume de ações por parte de grupos criminosos especializados em roubo de carga, o efetivo policial sofre cada vez mais baixas, o que contribui com o retrocesso na segurança das estradas. Atualmente, a Polícia Rodoviária Federal conta com 10 mil agentes que fiscalizam estradas e rodovias por todo o país. O problema é que este quadro apresenta um déficit de 3 mil colaboradores, sem contar os outros 35% que estão prontos para se aposentarem.

   Apesar dos constantes investimentos de embarcadores e transportadores em segurança, é necessária uma postura mais rígida por parte da legislação. Como exemplo, dificultar, o acesso a equipamentos como o conhecido jammer; recompor o efetivo policial; punir crimes da receptação e roubo com mais rigor, que auxiliariam na redução de ocorrências e, consequentemente, de prejuízos.