CSN, Gerdau e Usiminas
CSN, Gerdau e Usiminas ainda terão dificuldades em 2017, diz Moody's
postado em 18/01/2017
As três principais siderúrgicas brasileiras — CSN, Gerdau e Usiminas — continuarão enfrentando dificuldades em 2017, refletindo ainda o baixo nível de confiança, os gargalos na produção industrial e as fracas expectativas de crescimento econômico. A análise é da agência de classificação de risco Moody’s.
“As três principais siderúrgicas brasileiras enfrentam um período prolongado de métricas de crédito fracas, sem sinais visíveis de recuperação no setor em 2017”, afirmou a agência, que rebaixou a Usiminas, CSN e Gerdau em várias notas entre janeiro e abril do ano passado.
Segundo a Moody’s, a demanda doméstica por aço tem caído, e com menos crédito disponível para os consumidores, junto com taxas de juros altas, é improvável que o aço guie uma recuperação na produção industrial.
Ao mesmo tempo, os setores de construção pesada e de moradias, que juntos representam 40% do consumo total de aço, também enfrentaram grandes turbulências no ano passado.
“A supercapacidade global do aço continuará por vários anos. A produção de aço da China desacelerou desde seu pico em 2014, mas a desaceleração do crescimento econômico chinês está criando excesso de produção que será exportado aos mercados internacionais, aumentando a competitividade no mercado doméstico”, afirmou a Moody’s.
Companhias
Das três companhias citadas, no entanto, a Moody’s acredita que a Gerdau tem a posição mais confortável em relação à estrutura de dívida e liquidez. A CSN foi atingida tanto em seus segmentos de minério e aço, e a fraca liquidez da Usiminas a levou a entrar em um acordo de suspensão temporária do pagamento de suas principais dívidas.
fonte: Valor Econômico